Palavras-chave: Conhecimento, Tecnologias, Saberes Populares, Hipertexto
Introdução
O homem sentiu necessidade de se comunicar, então, iniciou-se a
escrita. E essa sede de se comunicar levou-o a procurar novas formas
(mais fáceis e rápidas) para que seus códigos fossem entendidos. O que
seria desafiante ao homem? E assim ele procurou dar sentido à sua vida
de forma em que sua sede por informações fosse aguçada a cada dia e seu
conhecimento construído. Esta foi a maneira que impulsionou o ser
humano à evolução do saber.
Refletindo os saberes tecnológicos
Acredita-se que o salto maior tenha vindo com a invenção de livro
impresso (Gutemberg), a partir daí as informações eram transformadas em
conhecimento transportável (mesmo o conhecimento sendo restrito à
população). Então, vieram invenções desafiantes: das mídias impressas
(livro, revista, jornal) ao hipertexto (constituído de nós, ligações,
trilhos, mapas...). Segundo SANTAELLA, citada por MARAGON, o hipertexto
passou a coabitar com multimeios, misturas de sons, ruídos, imagens de
todos os tipos, fixas e animadas, configurando os ambientes de
hipermídia . Assim, o leitor tem a possibilidade de se interagir,
decidir o rumo das informações seguindo seus interesses, ser o co-autor
do texto.
LÉVY, citado por SILVA, ressalta que através das mídias, com
programações de qualidade, pode-se compartilhar inteligências
individuais, memórias, percepções, imaginações, construindo uma
aprendizagem coletiva. De forma colaborativa o ser humano poderá
construir seu conhecimento com autonomia.
Segundo FIGUEIREDO e SANTI (2002), os projetos de psicologia mais
interessantes são os que mais dificuldades têm de se afirmar plenamente
em termos epistemológicos e metodológicos. Espera-se que o discente
saiba observar, discernir e assimilar toda essa informação disponível
nas mídias; que retire o significado e o significante à sua vida. É essa
capacidade de cognição do ser humano que o leva a processar as
informações recebidas e também de adaptação, pois precisam pensar para
mudar o ambiente em que vivem para que se torne um ambiente agradável e
adequado ao seu meio de vida, pois o ser humano é o único com capacidade
de mudar o ambiente em que vive.
SANTAELLA (2004), relata que a cibercultura se desenvolverá
paralelamente com a cultura midiática, gerando conflitos, desafios, se
adaptando à lógica da rede. Interessante esse argumento da autora, pois
LÉVY prega a cibercultura e inteligências coletivas como forma de
inclusão digital nos pólos: técnico, cultural e social. O desafio seria o
aperfeiçoamento com qualidade dos órgãos de comunicação, assim,
aguçaria o estranhamento do ser humano diante do novo a ser explorado.
Podemos refletir e analisar toda essa inovação tecnológica disponível
no mercado, ressalta DIAS. Observar os fatores limitadores em relação
às tecnologias móveis e aqueles fatores inovadores quanto ao uso de
dispositivos no processo educacional. É claro que os inovadores são em
maior número e que fazem parte do ambiente educacional de forma positiva
(Ipod, mp3, celular, notebook etc). Teríamos a ubiquidade a nosso
favor, estaríamos em toda parte ao mesmo tempo.
Considerações Finais
Em virtude dos fatos mencionados, a meio a tantas informações devemos
repensar o modo de ensinar/aprender, mudar nossas metodologias arcaicas
de ensino, pois nossos alunos sofrem com o excesso de informações, com
dificuldade de concentração. KASTRUP (1999), ressalta que nesta
direção, o método da redução seria composto de suspensão, redireção e
deixar vir para uma aprendizagem da atenção do ponto de vista da
cognição inventiva .
Enfim, MELO (citado por ALMEIDA e BRITO), argumenta sobre a
Folkcomunicação na Internet , a mídia e toda a sua revolução é capaz de
valorizar cada cultura popular, seus valores e costumes. Acredita-se
que toda essa cultura, esse saber, seja mais divulgado através do uso
das TICs na educação, pois o mundo virtual interage e ocupa espaço
ampliando seu raio de alcance, sem perder o caráter local (suas raízes).
Referências Bibliográficas
ALMEIDA, C.D. e BRITO, A.I.A.Convergência entre mídia e cultura popular. Disponível em: http://www.unisinos.br/publicacoes_cientificas/images/stories/pdfs_educacao/vol12n3/243a244_rs01_almeida.pdf . Acessado em: 10 /11/2009.
DIAS, R. A. Tecnologias móveis. Disponível em: http://www.webartigosos.com/articles/21311/1/tecnologias-moveis/pagina1.html. Acessado em: 10/11/2009.
FIGUEIREDO, L.C.M. e SANTI, L.R. Psicologia: uma (nova) introdução. 2ª ed. São Paulo: EDUC, 2002.
KASTRUP. V. A aprendizagem da atenção na cognição inventiva. Disponível em: http://www.psicologia.ufrj.br/pospsi/aprendizagem.pdf . Acessado em: 08 /11/2009.
MARANGON, R. O hipertexto no contexto educacional. Disponível em: http://www.uab.ufjf.br/file.php/2226/Biblioteca_4/O_hipertexto_no_contexto_educacional.pdf . Acessado em: 10 /11/2009.
SANTAELLA, L. Culturas e arte do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. 2ª ed. São Paulo: Paulus, 2004.
SILVA, A. A convergência de mídias como ferramenta na construção das inteligências coletivas. Disponível em: http://www.unirio.br/morpheusonline/Numero02-2003/angelicasilva.htm. Acessado em: 07/11/2009.
Autora: Vaneide Damasceno Cunha Arantes
Aprendi muito, prof.
ResponderExcluirÉ importante cuidar para ficar claro "o que não poderia ser feito sem ajuda da TI". Se não for possível identificar, não haverá ganho para o grupo.
ResponderExcluirOReis